Adeus Watson, vou criar a Noodle | Computerworld
Ainda que já existam experiências significativas da inteligência artificial (IA) no âmbito do consumo, a sua utilização na esfera empresarial está ainda a dar os primeiros passos. Stephen Pratt, que deixou há pouco tempo a chefia das operações do supercomputador Watson, para os serviços globais da IBM quer modificar esta tendência.
Foi assim, pelo menos, que o CEO deu a conhecer a Noodle Analytics, startup cujo objectivo empresarial é levar o potencial da IA às empresas. Apresentada como “ a empresa de inteligência artificial empresarial”, a Noodle assenta na premissa de que a IA é a grande tecnologia que se segue no espaço empresarial, capaz de fazer a diferença.
Qualquer pessoa que tenha realizado pesquisas no Google, navegado com o Waze ou feito compras na Amazon já usou um serviço de IA pensado para o consumidor. Mas “quando a questão é optimizar as vendas ou a cadeia de activos de uma empresa, a IA está ainda na infância” explicou Pratt, “a grande maioria das empresas está a começar agora mesmo a estabelecer conexões de IA”. Tudo vai mudar em breve, promete.
“Acredito que, em três ou cinco anos, a IA vai ser o maior e mais competitivo motivo de diferenciação” observou o CEO de Noodle. “As chefias que não utilizem nenhuma das vertentes de IA nas suas empresas vão ficar antiquadas e fora do circuito muito rapidamen
Muitas companhias vão implantar “dezenas, senão inclusive centenas” de algoritmos de IA capazes de optimizar importantes decisões de negócios, de interacção com clientes e processos negociais, sublinhou Pratt.
A Noodle Analytics quer participar nesta mudança. Criada por altos cargos de GE Digital, da Infosys e da MicroStrategy, a startup espera marcar e fazer a diferença complementando a experiência em IA com o conhecimento aprofundado dos processos de negócio.
Pratt explicou que “muitas companhias de IA acabam por centrar-se de maneira específica em tecnologia IA, e utilizam Big Data, algoritmos de IA e recomendações” mas o que acontece é que “ no momento de usar o potencial dos algoritmos de IA é obrigatório ter um conhecimento profundo sobre a matéria e muitas das companhias não dominam as duas linguagens”.
Prioridade ao desenvolvimento de relações
Ele sim, e falou das suas práticas em CRM, na Deloitte, há alguns anos, assim como de outros especialistas em processos de negócios que vão unir-se à Noodle nos próximos meses. Durante este ano, a startup vai ter como prioridade construir relações e executar “um acelerado processo de contratação”.
“O que desejamos é colocar-nos na linha da frente da cadeia de abastecimento dos nossos clientes, ensinando e aprendendo a partir dos seus algoritmos de IA” observou Pratt. “Podemos ajudar sendo o catalisador”.
O CEO comentou como a sua saída de IBM, ocorrida há menos de um ano, foi uma decisão difícil. “A IBM é uma grande empresa com muito futuro nesta área, mas na realidade o mercado precisa de uma organização capaz de optimizar este tipo de trabalho”.
A resposta da IBM poderia ser que os progressos substanciais dos serviços Watson já contemplam essa optimização. Ao que Pratt responde que apesar de haver um grande número de empresas de serviços profissionais optimizadas no modelo dos ERP, há também muitos projectos de IA que “não se encaixam no modelo de ERP”.
Além de serem “muito mais rápidos, têm custos menores eexigem uma experiência muito mais profunda em processos e tecnologia”.
Fonte: Computerworld
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